A VERDADE TORNA-LO-A LIVRE

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez. Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários casos de amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir. Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina, sobrinha de um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia doença o tranqüilizou, curando-o da insânia e aliviando sua consciência por um período de tempo. Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e do homem.

Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade.

Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito tornou.se fundamental no Seicho-no-iê.

Em dezembro de 1922 Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem, intitulada: Para a Santidade. Estabeleceu os fundamentos da filosofia de Taniguchi: a "Teologia do movimento Seicho-no-iê". Em 1923 escreveu o livro Crítica a Deus, tendo Judas, o traidor, como herói.
Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do Tariki (salvação pela fé). Para Taniguchi as pessoas não precisavam de uma religião que lhes incutisse o medo, mas que trouxesse uma salvação amigável. Deixou influenciar-se pelas teorias de Bergson, pela lei da ação criadora do coração do livro de Holmes Zenwicke (americano), pela vontade de poder de Adler. Assim leu psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã.

Recebeu a revelação divina (shinsa): "Não existe matéria, mas existe a realidade"(jissô) - ensino básico do Seicho-no-iê. "Você é realidade, você é Buda, você é Cristo, você é infinito e inesgotável. "

Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX.

Escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) - livro básico do movimento. Tendo início em 1930, como simples movimento filosófico psicológico e cultural para propagar certas verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos poucos a conotação de religião. Na década de 1940 o movimento foi registrado como religião pelo governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É uma miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o cristianismo, o xintoísmo e o budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura moderna. Os adeptos são até aconselhados a praticá-lo, continuando em suas religiões de origem. O"Kanro no hou" é utilizado como oração e como amuleto.

O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões. Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito.
 
Extraído do Jornal Palavra da Vida, nº 89./1980

1 comentários:

aleph3 disse...

Senhores; esta biografia do sr. Masaharu Tanuguchi produzida e comentada por um jornal evangélico devia causar vergonha em todas as pessoas honestas.
A força moral e o caráter íntegro deste homem é reconhecida até pelos que não acreditam em sua filosofia/religiosa. Por favor, retirem estas mentiras vergonhosas do blog que ataca a vida de um homem simples, amável e cheio de amor pela humanidade, independente de sua doutrina ser certa ou errada. Mentir numa biografia deve ser crime e espero que alguém tome providências contra estas calúnias.
Obrigado.

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